No mundo em que vivemos a cada dia somos pressionados a
uma excelência aparente. A competição dos “mercados” (trabalho, academia,
artes, igrejas, religiões) criam noções de vitória e sucesso, muito mais focado
nos resultados materiais do que no crescimento e na vida das pessoas. O mais
importante agora não é o ser humano, mas os resultados que eles podem produzir.
Nesta perspectiva, as igrejas de hoje, com exceções, tem buscado resultados
“materiais” (um templo cheio, atividades múltiplas, vários serviços a serem
prestados, etc.) e tem esquecido a Cruz.
O serviço cristão é antes de tudo voluntário. Certamente
digno é o obreiro de seu salário, mas antes de buscar o salário, o objetivo do
servo de Deus é servi-lo, mesmo que não haja remuneração. Em resumo, temos
vivido um tempo onde “os crentes” buscam
serem servidos pela Igreja, mas não é isso que nos ensina a Palavra de Deus.
Jesus – o próprio Deus – veio para servir e dar a sua vida em resgate de
muitos. Assim, também este é o papel do povo de Deus. A Igreja não existe para
satisfazer os nossos desejos, mas para nos proporcionar uma vida de adoração e
serviço ao Deus Vivo, criando meios para desenvolver os nossos ministérios e um
espaço para vivermos em comunhão, além de buscar estratégias para anunciar o
evangelho de Cristo.
O
sucesso de Deus está na Cruz, não no reconhecimento, ou no aplauso, mas na
continuidade da obra de Deus através de nossas vidas. Quando vivemos a mesma
atitude que houve em Cristo (Fl.2:5). A Cruz nos ensina que podemos entregar nossas
vidas em função do propósito de Deus (I Jo.3:23). Este é o crescimento que Deus espera ver na
Igreja neste tempo: uma Igreja formada por homens e mulheres que se entregam
totalmente a Ele, não apenas como freqüentadores que utilizam-se dos serviços
eclesiásticos, mas como seguidores que negam a si mesmo e tomam a Cruz. Por
isso, nessa Páscoa veja a Paixão de Cristo como um exemplo a ser seguido, de
entrega, obediência, sucesso e vitória. Esse é o sucesso da Cruz.
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