sexta-feira, 21 de março de 2014

Evangelho não é convencimento 23/03/2014

O poder de persuasão faz parte das relações humanas. Não é algo ruim, pelo contrário, é uma capacidade muito boa e valorizada. No entanto, para o fortalecimento de nossa fé, não basta argumentos bem colocados, ou oratória enfática e emotiva, é preciso basear nossa pregação no poder de Deus para a salvação, o Evangelho da Cruz. É isso que Paulo fala aos Romanos, no capítulo 1:26, em I Coríntios 1:18 e completa em I Coríntios 2:5. O interessante é que Paulo reconhece que sua pregação não se baseia na sabedoria humana, mas no PODER DE DEUS. De certa forma, ele abre mão de seu “poder” de persuasão quando se trata de fortalecer a fé de seus liderados.

Digamos que o convencimento discursivo seja necessário para apresentar o Evangelho, mas não funciona muito bem para o fortalecimento de uma fé genuína. Pois a fé se constrói com experiência e não apenas com tomada de ciência. Parece que estamos esquecendo isso. Ou parece que estamos abrindo mão do Evangelho real e interativo, onde as pessoas interagem uma com as outras e com Deus, para colocar no lugar um evangelho limitado e baseado em convencimentos discursivos.

Por isso tem faltado conhecimento e vivência dos valores do Reino de Deus em nosso meio. Porque teimamos em compreender aquilo que Deus tem preparado para nós (ICo.2:9) apenas através dos nossos olhos, ouvidos e mente. Como? Pois isso ainda não penetrou no coração, nem foi visto ou ouvido. Portanto, essa incapacidade da humanidade em dar conta das coisas mais profundas de Deus, nos faz seguir o caminho aparentemente mais cômodo (como sempre), o caminho do convencimento. Mas, o Evangelho é muito mais que compreensão dogmática ou religiosa, o Evangelho é viver debaixo de um novo domínio, onde o fundamento é o Poder de Deus, baseado no amor que foi capaz de entregar-se por nós. Esse governo, não pode ser visto, mas é vivido quando negamos a nós mesmos, tomamos a Cruz e seguimos Jesus Cristo. É desse tipo de profundidade que estamos falando, quando somos capazes de reproduzir as mesmas atitudes que houve em Cristo. Quando isso acontecer poderemos, de fato sermos chamados de cristãos.
PJ 23/03/14
  

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