O que tem no nosso
Natal? Musicais, apresentações especiais, ceia, orações, culto natalino, etc.
Temos o costume de criticar o descuido de nossa sociedade com o “verdadeiro”
espírito de natal e o consumismo gerado pela invenção de símbolos de Natal
(como a árvore e o Papai Noel). Mas, o que esperar de um mundo que jaz no
maligno? O mundo não quer saber de Jesus e nem do seu Evangelho, isso é certo.
Precisamos refletir sobre o Nosso Natal, o Natal da Igreja do Senhor Jesus, da
família de Deus, dos lavados e remidos no Sangue do Cordeiro, porque parece que
estamos esquecendo o que realmente é, para falarmos de magia, presentes, etc.
Uma das coisas que
podem nos ajudar a entender essas leituras equivocadas a cerca do natal, está
no fato de que, durante a história o Cristianismo sempre manteve ligações estreitas
com o “paganismo” (com grupos não cristãos) e acabava assimilando suas
tradições (festas, práticas, mentalidades). Um exemplo: é a própria data
estabelecida para comemoração do Natal. Todos sabemos que Jesus não nasceu em
25 de dezembro, está data marca o início do inverno (no hemisfério norte),
onde vários povos da Europa tinham o costume manter comemorações religiosas
neste dia.
Ao incorporar
tradições não cristãs, o Cristianismo, acaba penetrando e conquistando as
sociedades. Nesse sentido, ser cristão sempre foi e, ainda hoje é, a capacidade
de ouvir a mensagem de Cristo e “adaptá-la” aos padrões culturais de um determinado
tempo e povo. O resultado disso: são as superinterpretações de Jesus, numa tentativa
de torná-lo compreensível às diversas culturas. E o que acontece? As pessoas
começam a fugir da história original, buscando significados metafóricos,
ocultos e misteriosos. Por isso, hoje, quando falamos de Natal, quase não
falamos de Jesus, pois falar de Jesus é algo que envolve religião e, religião não
se discute, gera conflitos, porque cada um tem a sua, ou não tem.....Então,
falamos do tal “espírito de natal”. Ou seja, falamos de conceitos e valores, não
necessariamente religiosos, mas que são “bem aceitos” pela maioria, como por exemplo:
bondade, doação, auto reflexão, amor, etc..
Deveríamos sempre
questionar as interpretações que fogem muito da versão original. Como Igreja de Jesus Cristo, precisamos buscar
sempre o melhor da Palavra de Deus e não ficar apenas nas leituras metafóricas
sobre o Evangelho. Diante disso, gostaria de propor a seguinte interpretação do
Natal.
Natal é nascimento.
A vinda do Filho de Deus à Terra, a encarnação do Verbo de Deus. A consumação
do Deus conosco (Emanuel). Mas, como Deus veio ao mundo? E por que? Veio em
forma de homem, com o propósito de salvar o mundo (João 3:16). Então, o natal
para nós é o nascimento de Deus no mundo que jaz no maligno, evidenciando a Sua
atitude de ir ao encontro do que está perdido (Lc.19:10). Por isso, o nascimento de Jesus revela a
necessidade humana Dele nascer em nossos corações, para salvar o que está
perdido em nós. O nascimento da bondade, do amor, dos laços de fraternidade que
deveriam nos unir e dos valores pregados por Ele a dois mil anos atrás, isso é
que deveria nascer em nossos corações e ser celebrado. No entanto, preferimos
continuar duelando conceitos, teologizações, doutrinas segregatórias, além de continuar incorporando os conceitos de um natal consumista.
Que o nosso Natal
tenha tudo que estamos acostumados a ter, mas que principalmente tenha Cristo
nascendo em nossos corações. E quando digo Cristo Nascendo, quero dizer: Gálatas 2:20:
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem
vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no
filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.
Gálatas 2:20
Gálatas 2:20
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