Nos últimos dias, divulgou-se nas mídias sociais um vídeo que
mostrou uma garrafa de coca-cola com uma cabeça de rato dentro dela. O
resultado disso foi uma multidão de piadinhas, fotos engraçadas, uma sensação
de “como-é-que-pode”, e um homem que teve sua vida e saúde comprometida com
esse descaso. Claro que tudo isso pode ser fake,
mas não queria discutir isso. Gostaria de refletir sobre algumas questões.
Primeiro, para que serve a coca-cola? Essa bebida, é o um
dos exemplo mais emblemáticos de nossa
sociedade de consumo. Onde se inventa um desejo de consumir algo que não serve
para nada. Além disso, essa empresa foi uma das primeiras a transformar-se em
uma “multinacional”, fazendo com que sua marca alcançasse mercados no mundo inteiro.
Assim, a coca-cola tornou-se um produto mundial, onde as pessoas a consomem não
porque tem nutrientes alimentares, mas porque foi vendido uma “falsa
necessidade” de que temos que almoçar, lanchar, tomando um copo geladinho de
coca-cola.
O que mais me chamou a atenção nesse caso foi o fato de que
as pessoas tem mais medo de encontrar um rato dentro do refrigerante, do que
atentar para os males causados no decorrer do tempo pelo consumo de coca-cola. Há quem diga que
refrigerante é um veneno, dado a quantidade de açúcar e substâncias secretas
encontradas em suas fórmulas. Mas o que é vendido é a sensação de frescor,
liberdade, etc. Um rato morto, na verdade, não chama a atenção para os
verdadeiros males de se tomar refrigerante, apesar de ser muito mais chocante,
porém logo será esquecido e, quando esse fato sair da memória, as pessoas
continuaram pedindo: “me dá uma coca aí!”.
Agora, o que isso tem haver com nossa vida espiritual? Veja
só: o pecado é meio assim também, como a coca-cola. Nós preferimos não pecar
pelo medo de encontrar “um rato” em nossa prática de satisfação da carne. Ou seja, a
sensação do pecado não é combatida, mas apenas o medo de seu suposto resultado.
Assim, construímos nossa vida cristã, moral e espiritual, baseada no medo do castigo
do pecado. Porém, a questão, está muito mais ligada ao afastamento de
Deus, das suas promessas, e principalmente da intimidade, do que no resultado
final, a morte eterna. Portanto, beber um copo de coca-cola, não vai te matar,
assim como se você pegar, não vai direto para o inferno. No entanto, o uso
constante de refrigerante faz com que percamos a nossa qualidade de vida e
saúde. Da mesma forma, o pecado nos afasta de Deus, tirando nossa “qualidade de vida espiritual”.
Por isso, deveríamos ter medo mais medo de viver afastado de Deus do que de ir para o
inferno. Aí você diz: mas não é a mesma
coisa? Talvez. Mas, se você vive tomando refrigerante, pode ser que nunca
perceba os males causados por ele. Da mesma forma o pecado. Agora, o fato de
não percebermos os malefícios causados pelo pecado, não quer dizer que não
soframos seus efeitos (afastamento de Deus). Muitos têm sofrido as consequências do pecado sem saber, preferem
continuar tendo a falsa sensação de liberdade e satisfação, do que perceber as
coisas que o afastam de Deus. O desafio, meus irmãos, não é ficar procurando o
pecado em tudo que vemos, mas ter coragem para abrir mão de TUDO que nos afasta
de Deus, de tudo que corrompe nossa comunhão, de tudo que tira a essência de
nossa regeneração em Cristo Jesus. O maior risco não é encontrar um rato na nossa coca-cola, mas viver longe de Deus. Porque, na verdade não precisamos de coca-cola, precisamos de Deus.
PJ
Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça. Isaías 59:2
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