sábado, 21 de setembro de 2013

PASTORAL 22/09/13 - TEM UM RATO NA MINHA COCA-COLA

Nos últimos dias, divulgou-se nas mídias sociais um vídeo que mostrou uma garrafa de coca-cola com uma cabeça de rato dentro dela. O resultado disso foi uma multidão de piadinhas, fotos engraçadas, uma sensação de “como-é-que-pode”, e um homem que teve sua vida e saúde comprometida com esse descaso. Claro que tudo isso pode ser fake, mas não queria discutir isso. Gostaria de refletir sobre algumas questões.

Primeiro, para que serve a coca-cola? Essa bebida, é o um dos exemplo mais emblemáticos de  nossa sociedade de consumo. Onde se inventa um desejo de consumir algo que não serve para nada. Além disso, essa empresa foi uma das primeiras a transformar-se em uma “multinacional”, fazendo com que sua marca alcançasse mercados no mundo inteiro. Assim, a coca-cola tornou-se um produto mundial, onde as pessoas a consomem não porque tem nutrientes alimentares, mas porque foi vendido uma “falsa necessidade” de que temos que almoçar, lanchar, tomando um copo geladinho de coca-cola.

O que mais me chamou a atenção nesse caso foi o fato de que as pessoas tem mais medo de encontrar um rato dentro do refrigerante, do que atentar para os males causados no decorrer do tempo pelo consumo de coca-cola. Há quem diga que refrigerante é um veneno, dado a quantidade de açúcar e substâncias secretas encontradas em suas fórmulas. Mas o que é vendido é a sensação de frescor, liberdade, etc. Um rato morto, na verdade, não chama a atenção para os verdadeiros males de se tomar refrigerante, apesar de ser muito mais chocante, porém logo será esquecido e, quando esse fato sair da memória, as pessoas continuaram pedindo: “me dá uma coca aí!”.

Agora, o que isso tem haver com nossa vida espiritual? Veja só: o pecado é meio assim também, como a coca-cola. Nós preferimos não pecar pelo medo de encontrar “um rato”  em nossa prática de satisfação da carne. Ou seja, a sensação do pecado não é combatida, mas apenas o medo de seu suposto resultado. Assim, construímos nossa vida cristã, moral e espiritual, baseada no medo do castigo do pecado. Porém, a questão, está muito mais ligada ao afastamento de Deus, das suas promessas, e principalmente da intimidade, do que no resultado final, a morte eterna. Portanto, beber um copo de coca-cola, não vai te matar, assim como se você pegar, não vai direto para o inferno. No entanto, o uso constante de refrigerante faz com que percamos a nossa qualidade de vida e saúde. Da mesma forma, o pecado nos afasta de Deus, tirando nossa “qualidade de vida espiritual”.

Por isso, deveríamos ter medo mais medo de viver afastado de Deus do que de ir para o inferno. Aí você diz: mas não é a mesma coisa? Talvez. Mas, se você vive tomando refrigerante, pode ser que nunca perceba os males causados por ele. Da mesma forma o pecado. Agora, o fato de não percebermos os malefícios causados pelo pecado, não quer dizer que não soframos seus efeitos (afastamento de Deus). Muitos têm sofrido as consequências do pecado sem saber, preferem continuar tendo a falsa sensação de liberdade e satisfação, do que perceber as coisas que o afastam de Deus. O desafio, meus irmãos, não é ficar procurando o pecado em tudo que vemos, mas ter coragem para abrir mão de TUDO que nos afasta de Deus, de tudo que corrompe nossa comunhão, de tudo que tira a essência de nossa regeneração em Cristo Jesus. O maior risco não é encontrar um rato na nossa coca-cola, mas viver longe de Deus. Porque, na verdade não precisamos de coca-cola, precisamos de Deus.
PJ
Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça. Isaías 59:2

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