Gostamos de falar de nosso mundo high tech (literalmente alta tecnologia), para criticá-lo, ou ficarmos
admirados com tanta inovação. Hoje, temos várias formas de comunicação que
podemos utilizar, mas não podemos abrir mão do olho no olho. A suposta
facilidade de comunicação, muitas vezes, nos faz abrir mão de uma conversa pessoal. Pois,
se podemos resolver as coisas, pelo telefone, e-mail, face, twitter, torpedos,
etc., "evitamos o encontro pessoal". Sem essa suposta obrigatoriedade do
encontro face a face, como construir intimidade, comunhão e unidade?
Jesus orou para que possamos ser UM, como o PAI e CRISTO são,
para que o mundo CREIA que o PAI enviou CRISTO (João 17:21). Essa é a condição
para que o mundo creia. Como se diz: “Jesus deu o papo”, precisamos viver a
unidade, uma íntima comunhão. Quando nossa juventude escolheu esse tema para o
mês de agosto/2013, eu achei bem interessante, pois o # simboliza as novas
conexões, a interatividade e informações em tempo real, isso associado com a prática
efetiva de uma convivência congregacional que nos faça SER IGREJA, na expressão
da coletividade. Em outras palavras, precisamos converter as tecnologias,
instrumentalizá-las para uma verdadeira intimidade, comunhão e unidade da
Igreja, mas elas (as inovações) por elas mesmas, não são capazes de promover a íntima comunhão
nos termos bíblicos.
Quando falamos de unidade, na verdade estamos falando de algo
que precisa ser construído a partir de uma realidade espiritual. Pois, não é fácil
“suportar e perdoar uns aos outros” (Cl. 3:13). É complicado moldar uma
identidade comum que seja aceita e defendida pelo grupo – é difícil fazer as
pessoas, como se diz: vestirem a camisa. No entanto, isso pode e deve ser construído,
pois o próprio Jesus orou para que isso acontecesse. A questão é como?
Em primeiro lugar, precisamos entender de uma vez por todos
que a Unidade é uma condição fundamental para a Igreja cumprir a sua missão. Em
segundo, somos parte do mesmo Corpo, e por isso, quando cuidamos do nosso irmão
estamos zelando pela Unidade do Corpo de Cristo. Além disso, a questão
fundamental para que possamos ser UM, não está relacionada a uma condição
cultural, social, ideológica ou econômica, a nossa unidade é algo que
transcende tudo isso, estou falando de uma realidade espiritual revelada em
Cristo e exercida através dos frutos do Espírito. Veja o que diz o apóstolo Paulo: “Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os
gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória”(Cl.1:27). Assim, a realidade
espiritual da presença de Cristo em nós, nos capacita a vivermos essa unidade.
A questão é bem simples: precisamos ser um. Não de forma artificial, impositiva, ou mesmo com estratégias de gestão de pessoas. Nossa unidade é constituída
em função de uma experiência íntima com Cristo, quando Ele vive em nós e,
expressa quando temos atitudes movidas pelo Espírito Santo, o que Paulo chama
de frutos do Espírito (Gl.5:16-25). Todo o resto, se for feito sem esses dois
pilares, são apenas estratégias humanas de construção de unidade. Que possamos construir uma Unidade Congregacional
baseada em uma experiência com Cristo e expressa na manifestação do Espírito
Santo em nós. Vivamos a #íntimacomunhão.
PJ.
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