quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A FÉ NA DIMENSÃO DO AMOR DE DEUS


Uma convicção não nasce de conceitos vazios, ou certezas ingênuas, mas quando a realidade se encontra com a fé dando sentido para a vida e para os acontecimentos. Não basta crer é preciso viver em função da fé, isso significa alimentar a fé confrontando-a com os acontecimentos da vida, tendo por base a Palavra de Deus. Pois a fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus (Rm.10:17). Portanto, a realidade da dimensão do amor de Deus se constitui quando a Palavra de Deus toma nosso coração, nossa família, nossa Igreja e passamos a ver toda realidade que nos envolve com os olhos da fé. 

Nosso coração é tomado pela dimensão do amor de Deus quando permitimos que ele seja quebrado, transformado em um coração sensível a Sua Palavra, um coração de carne (Ez. 36:26). Por isso, neste tempo de incertezas e opiniões sobre tudo, dias de infinitas informações ao alcance de nossos teclados, mas pouca sabedoria para saber o que fazer. Alguns dizem que basta fazer o que o coração manda, outros associam felicidade a satisfação da carne. Neste mundo de facilidades e relativismos, Deus tem levantado um povo incomodado e inconformado com a realidade que vemos, tanto dentro como fora da Igreja.

Portanto, a felicidade está em deixar Cristo transformar o nosso coração a cada dia, para que a nossa vida seja vivida pela fé Nele e não nas coisas que o entristecem. Não podemos condicionar nossa felicidade a este mundo, precisamos crer em Deus e em Jesus, pois ELE tem preparado um tempo de felicidade. O tempo de ser feliz é agora; a hora de adorar é agora; o dia do Senhor é hoje. Deixemos ELE reinar em nosso coração para viver esta vida pela fé, uma fé que nos faz enxergar toda dimensão do amor de Deus.


                                                

sábado, 20 de outubro de 2012

O ÉDEN NÃO FOI SUFICIENTE



Quando a serpente seduz a humanidade a desobedecer a Deus ela usa a seguinte estratégia: Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” (Gênesis 3:4-5). O que a serpente oferece é SER COMO DEUS, conhecedores do BEM e do MAL. Aparentemente uma ótima oferta, ou não? Alguns dizem que essa estória mostra um Deus sádico, pois coloca algo ao alcance da humanidade, porém diz: “não coma”. Diante dessa Palavra, podemos entender um pouco da Revelação de Deus a cerca do pecado, sua natureza e consequências para nossas vidas, não adianta ficar conjecturando se seis é meia dúzia.

O pecado, por muito tempo foi visto como um mecanismo de controle através do medo. Em certa medida isso não é errado. No entanto, a atitude de desobediência à Palavra de Deus esconde algo que muitas vezes não conseguimos perceber. Estou falando da insatisfação do que Deus nos deu. A humanidade, figurada na pessoa de Adão e Eva, foi seduzida pela possibilidade, digo possibilidade, de ter mais do que aquilo que Deus tinha dado. Aí você pode dizer, mas isso parece um teste, um jogo, de repente pode até ser. Porém, não  quero chamar a atenção para o que Deus tinha em sua mente (pois isso é apenas conjecturar), mas para a realidade do pecado da humanidade a partir do Éden.

O Éden não foi suficiente para a humanidade. Isso demonstra que não temos um coração agradecido pelo o que Deus tem nos dado. Então, se não conseguimos agradecer pelo que temos, o nosso coração fica cheio de insatisfação e almejamos algo além, o conhecimento do bem e do mal, sermos como Deus. Mas na verdade isso não passa de UMA POSSIBILIDADE improvável. Quando trocamos a realidade que temos por uma propaganda enganosa, resta-nos lamentar o que desperdiçamos. Assim, enquanto não aprendermos a valorizar o que temos, não seremos dignos de ir além, de estar na presença de Deus.

Ainda hoje o Éden não é suficiente, a Graça não basta, não conseguimos ter um coração agradecido. Por isso, a serpente tem semeado a insatisfação com as coisas de Deus e esta semente tem germinado nos corações das pessoas, inclusive nas Igrejas, valores egoístas, uma religiosidade centrada no “eu”, um conformismo com as coisas do mundo e uma divinização do que é humano. Voltemos ao evangelho, Voltemos para os braços do Pai, voltemos ao primeiro amor. Pois quando o Senhor realmente for o nosso pastor, nada nos faltará, pois ELE nos basta. Pois estou certo de que nada poderá nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus.

 PJ




quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O PAI, O FILHO E O CAJADO



Certa vez um pastor de ovelhas resolveu levar seu filho, ainda menino, para lhe ensinar o seu trabalho. Chegando ao lugar onde as ovelhas pastavam, um campo bonito, com uma mina d’água que servia para matar a sede tanto dos animais como dos pastores. O pai começou a ensinar o que deveria e o que não deveria ser feito no trato com as ovelhas no campo. Mas uma coisa o velho pai quis chamar a atenção de seu menino, para que ele tomasse cuidado com o penhasco no fim do pasto, atrás de um belo arbusto cheio de flores. Diziam ser aquele lugar o mais bonito de toda a região, porém com certeza era o mais perigoso.

Depois de ter instruído bem o seu menino, o pai foi cuidar da fonte, para que represasse mais água. Enquanto isso o jovenzinho brincava de pastor pelo campo, correndo, pulando, fazendo molecagens de criança e descobrindo coisas fantásticas. Foi esta mesma curiosidade que fez o pequeno jovem esquecer do aviso de seu pai. Então lá foi ele até aquele lugar perigoso, onde poderia ter outras coisas a serem descobertas. Mas de repente, o curioso menino escorregou e despencou penhasco abaixo agarrando com todas as forças em uma raiz. Ali sem nenhuma alternativa, o menino venceu o medo e a vergonha de ter desobedecido seu velho pai e gritou com todas as forças:  “PAI!!PAI!!!PAIIIIII!!!!!! Me ajude estou caindo, ME SALVE!!!!”. Ouvindo a súplica de seu amado filho, o velho pastor largou o que estava fazendo e correu a procura de onde estaria vindo aquele grito de socorro.

Como correu aquele velho pastor a procura de seu amado filho. De repente ele descobre de onde estava vindo os gritos de socorro e, olhando para baixo percebe que seu filho estava muito longe para poder alcançá-lo. Então no meio daquela confusão toda, ele teve uma idéia. Pega o seu cajado, se pendura no barranco do penhasco se estica ao máximo e grita: “Filho teu pai está aqui, segure o cajado para eu te salvar”, mas o seu filho não podia vê-lo, mas o escutou e respondeu: “Estou aqui meu pai, eu não vou conseguir se eu soltar a raiz posso cair”. Então o jovem menino se enche de coragem e resolve soltar a raiz do penhasco para segurar o cajado de seu pai, mesmo sem saber se realmente seu pai iria salvá-lo, afinal ele já tinha uma certa idade. Mas para a alegria de pai e filho o velho pastor conseguiu tirá-lo daquele barranco com a ajuda de seu cajado. Assim o jovem rapaz nunca mais esqueceu da experiência que tivera.

Com o passar dos anos o velho pastor veio a falecer e, o menino para relembrar de seu pai guardou o cajado em um lugar muito especial e de honra em sua casa. O menino cresceu. Já com a família formada, o “menino, agora homem” desempenhava o mesmo trabalho de seu velho pai já falecido. Certo dia um de seus filhos é flagrado pelo agora pai menino, contemplando aquele cajado. “Como é bonito este cajado pai” – dizia ele. Então seu pai contou toda a história. O jovenzinho ficou fascinado como aquele velho cajado havia salvado a vida de seu pai, por isso este filho prometeu a seu pai guardar aquele cajado para sempre lembrar desta história depois de sua morte.

O tempo, que não para, passou e com ele levou a vida do jovem menino agora velho e cheio de dias. Seu filho, neto do velho pastor, guardou com muito carinho aquele velho, porém belo cajado. E todos os dias ele olhava para ele e lembrava de como seu pai havia sido salvo através do velho cajado. Então com medo que a madeira do cajado apodrecesse e o cajado morresse como seu avô e seu pai, o neto resolve pintar um quadro do cajado. Para isso ele contrata o melhor pintor da região e investe muito de seus recursos para pintar a imagem de seu, agora santo, cajado. Antes de sua morte o neto do velho pastor resolve contar para seus filhos a importância daquele velho cajado, na vida de sua família. Dizia ele: “se não fosse este cajado meu pai teria morrido criança, eu não teria nascido e nem vocês estariam hoje ouvindo esta história”. Então todos os seus filhos resolveram fazer para si um quadro daquele velho, porém belo cajado, para que quando eles se casassem levassem consigo a história do velho cajado daquela família de pastores.

O neto do velho pastor morreu e seus filhos se espalharam pela terra, agora adorando uma imagem de um velho cajado na parede de suas casa, agora sem saber muito o porquê da origem desta veneração. Com o passar dos anos e gerações foram criados métodos, rituais cerimônias para a veneração do velho cajado. Homens matavam e morriam, defendendo a adoração ao quadro como ele era, outros diziam que o mais importante não era o cajado nem o quadro, mas a mensagem e a história de salvação daquele clã. Mas em sua maioria aquelas pessoas se esqueceram de quem tinha se arriscado, usado de todas as suas forças para ir lá naquele penhasco, com o seu já velho cajado, o velho pastor. Este não olhou para a rebeldia de seu filho, mas se arriscou e o salvou da morte certa, nunca mais foi lembrado. O jovem menino pecador, mas arrependido de sua atitude também nunca mais foi lembrado. E o próprio cajado deu lugar a vários quadros espalhados por toda aquela região cheio de crendices, simpatias e idéias sem nenhuma relevância, baseada naquelas imagens . Assim nunca mais o velho pastor e pai amoroso, seu filho arrependido e o velho cajado, instrumento da salvação para a criança, foram lembrados naquele lugar, mas os quadros dos cajados até hoje estão em todas as casas, praças, lugares daquele país alimentando a guerra, a fome e todos os sentimentos egoístas daqueles homens. 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A REALIDADE DE ENTREGA

Um dos maiores desafios para o homem é aprender a entregar o que é seu. Na verdade, a religião muitas vezes tem ensinado justamente o contrário do que a Bíblia nos ensina, pois ela é utilizada como forma de ganharmos algo de Deus. Porém, a melhor coisa que podemos ganhar de Deus é aprender a entregar. 

O salmista nos ensina a entregar o nosso caminho ao Senhor e confiar (Salmo 37), Jesus é maior prova de entrega, pois Ele morreu em nosso lugar, para pagar os nossos pecados, dando a sua vida por nós. Deus nos mostrou, de forma prática que quem ama entrega “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu...”(João 3:16).

Muitas vezes passamos a vida quase toda querendo ganhar, ganhar e ganhar,  um carro, um emprego, um cônjuge, uma vida melhor, dinheiro, ou até mesmo um carinho ou um afago. Alguns até conseguem ganhar muitas coisas, outros vivem frustrados porque queriam algo que não tem, mas a questão maior não está naquilo que temos ou deixamos de ter, mas na nossa capacidade de entregar, de se doar para Deus, é isso que faz toda a diferença.

Quando vivemos na lógica da recompensa nunca encontraremos a felicidade, pelo contrário, a busca por recompensa é a fonte dos males em nossas vidas. A Bíblia diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (I Tm 6:10), ou seja, quando o nosso coração deseja ser recompensado e os nossos esforços são para recebermos, estamos alimentando a raiz da maldade em nós. O dinheiro aqui é o símbolo da troca, do pagamento, da recompensa em função de algo que foi feito. Entenda que não é o dinheiro em si que é mal, mas é o amor a ele, por isso longe de parecer que Deus quer ver todos na pior, sem dinheiro, sem emprego e cheios de problemas, claro que não, mas nós não podemos olhar apenas para aquilo que é superficial e achar que tudo se resolveria para nós, se tivéssemos determinada coisa. 

Creia os nossos problemas se resolvem quando aprendemos a entregar o nosso caminho ao Senhor e confiar nele. Deus nos abençoe.
 Pr. Cezar Uchôa Júnior